O FUTURO DO MERCADO DE TRABALHO SERÁ REMOTO, HÍBRIDO OU EM ESCRITÓRIO?

O FUTURO DO MERCADO DE TRABALHO SERÁ REMOTO, HÍBRIDO OU EM ESCRITÓRIO?

Recentemente, Luciano Santos, Diretor de Vendas no Facebook no Brasil, Autor do livro Seja Egoísta com sua Carreira e LinkedIn Top Voices 2020, fez um post contando dois casos de profissionais que negociaram suas vagas para que fossem 100% remotas.

“Eu dei mentoria para um engenheiro de software que pediu as contas porque a empresa queria forçá-lo a voltar pro escritório e para uma profissional que rejeitou uma oferta incrível porque seria obrigada a trabalhar 3x por semana presencialmente. Ambos mudaram para o interior de suas cidades e não estão dispostos a abrir mão da qualidade de vida. No caso do engenheiro, a empresa cedeu e permitiu que ele ficasse 100% remoto, a profissional colocou a exigência dela na mesa a está esperando uma contraproposta. Sei que são exceções e privilegiados, mas adoro ver alguns profissionais dando as cartas e moldando a dinâmica corporativa”, contou Luciano.

Para entender o cenário atual, nós realizamos uma pesquisa na nossa página do LinkedIn questionando se era ou não o momento de voltar para o escritório. 30% apontaram que não é o momento de voltar e mais de 60% responderam que preferem o modelo híbrido para sempre. Enquanto apenas 8% disse que já passou da hora de voltar para o escritório.

Essa pesquisa que fizemos corroborou o que vemos todos os dias na prática. Os profissionais já não levam em consideração apenas o salário e benefícios como plano de saúde e vale refeição, por exemplo. Quase que 100% das pessoas que entrevistamos diariamente preferem o trabalho completamente remoto ou em formato híbrido, com ida ao escritório no máximo duas vezes por semana.

Hoje, as empresas entenderam que oferecer a opção de trabalho remoto é cada vez mais necessário para que possam continuar competitivas e atraentes para os profissionais qualificados. 

Claro que sabemos que tem vagas que não se pode trabalhar de forma remota e muitas pessoas também não têm o privilégio de argumentar isso na negociação de uma vaga. Então estamos falando de uma camada social com mais privilégio, mas que tem grande peso dentro das empresas e que se não tiverem suas demandas atendidas vão para outras corporações, como o exemplo do Luciano.

Profissionais entenderam que com o trabalho remoto é possível conciliar trabalho e vida pessoal. Podem ter mais qualidade de vida fora dos grandes centros ou mesmo para aqueles que optaram por não se mudar, não precisam perder tanto tempo com deslocamento já que continuam apresentando resultados mesmo dentro de casa. 

Vale ressaltar, que para que o trabalho remoto ou híbrido funcione é preciso ajuste das duas partes. Para o funcionário, é preciso entender que caso a empresa tenha horário de trabalho determinado é preciso estar disponível, além disso, ter foco e disciplina para desenvolver as tarefas e inclusive saber separar a hora do trabalho dos momentos de descanso para não desenvolver um burnout, são premissas básicas.

Já do lado das empresas, é preciso entender que oferecer a opção de trabalho remoto ou híbrido é um benefício para atrair e reter talentos e continuar atraente para profissionais qualificados.

Depois de mais de dois anos, tempo que estamos em pandemia, as empresas que adotaram o modelo de home office já viram que é possível continuar a ter resultados positivos. Talvez alguns ajustes de gestão precisem ser feitos ou ainda negociar para o modelo híbrido caso tenha notado perda de produtividade. O que não dá é para voltar ao escritório com o argumento de sempre ter sido assim. Quem tiver essa mentalidade de não querer ouvir e apenas impor suas vontades vai perder talentos. 

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